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Curso de Teatro-Licenciatura

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Curso de Teatro-Licenciatura conquista a nota máxima na avaliação do Ministério da Educação

Data da publicação: 6 de outubro de 2023 Categoria: Sem categoria

No último dia 18 de setembro, o Curso de Teatro-licenciatura recebeu o relatório final do processo de avaliação que concede a Renovação de Reconhecimento – um ato administrativo que, a cada 4 ou 5 anos, revalida as condições para a manutenção da qualidade dos Cursos das Instituições de Ensino Superior.

No processo de avaliação, uma comissão de professores designada pelo Ministério da Educação – MEC, analisou o Projeto Pedagógico de Curso, seu alinhamento às políticas de desenvolvimento institucional, a coerência e a adequação da proposta de integralização curricular às diretrizes estabelecidas pelas leis, as justificativas para a oferta do curso, os indicadores gerais do Curso, as documentações referentes aos processos de atualização do PPC, a organização da gestão do Curso, as políticas de apoio e atendimento à discentes, os projetos de pesquisa e de extensão oferecidos, as produções de docentes, a infraestrutura do curso, entre outros diversos aspectos.

Por meio de reuniões virtuais, a comissão também realizou entrevistas com discentes, docentes, gestão do curso, da unidade acadêmica e com comissões setoriais para recolher as evidências das práticas que se efetivam na proposta de formação do Curso. Além das pessoas diretamente envolvidas no dia a dia destas práticas, também contribuíram com o processo de avaliação a Pró-Reitoria de Graduação/COPAV, as Pró-Reitorias de Extensão e de Assistência Estudantil, que forneceram orientações e informações e as coordenações dos Cursos de Dança e de Design-Moda, que compartilharam as experiências em suas recentes avaliações.

Para atribuição do conceito final, a comissão orientou-se por um instrumento de avaliação que estabelece os critérios de análise de três dimensões: organização didático-pedagógica, corpo docente e infraestrutura do curso. Ao final do processo, estas dimensões alcançaram níveis qualitativos de coerência e de inovação que garantiram a nota máxima 5,0 – colocando o Curso de Teatro-licenciatura como referência de excelência entre os Cursos de sua área no país.

Para quem fez e faz o Curso de Teatro-licenciatura este é um momento de reconhecimento e celebração. E, para registrar este momento, trazemos depoimentos de egressos, servidores e docentes que construíram nosso percurso até esse momento.

 

Fiquei muito feliz! Passou um filme pela cabeça. Fiquei relembrando tudo que a gente vivenciou. A gente até brincava que tudo era experimental, que sempre ia ser a primeira turma a ser experimentada em tudo – do primeiro PPC que foi idealizado, quando colocado em prática, percebe-se uma outra realidade, e esse PPC é reformulado a partir do que é vivenciado, do que é observado na experiência direta, no confronto entre ideia e a prática – ali o momento da aula, da interação, professores e estudantes. Então fica muito marcado para mim. E pensar que a gente começou a ter aula lá no Teatro Universitário, depois passou para o ICA da Carapinima – um prédio alugado, que a gente também construiu juntos. A nossa turma vivenciou também esse sonho de ter o ICA-Pici. Em momentos que a gente estava lá pelo Pici, visitou as obras, o pessoal da obra abriu, botou capacete na cabeça da gente e visitamos enxeridos, imaginando como é que seria o Instituto de Cultura e Arte. A gente ainda pegou um… um pedacinho do ICA no finalzinho do curso, mas não vivenciou tanto. E aí sai do curso e imagina como é que ele continua. Tudo é mutável, fica o tempo todo se transformando: e agora como é que está o curso? Com certeza ele não é aquilo que a gente vivenciou, nem todo dia era igual ao outro, sempre era uma nova invenção. E quando se vê uma notícia dessa a gente fica muito feliz. Eu, particularmente, que estou dentro do campo acadêmico, sei o que é uma avaliação do MEC, a dureza que é, o trabalho que dá. É muito gratificante saber que eu, de certo modo, ajudei a construir uma história e essa história está reverberando quando chega a esse resultado maravilhoso. Quero parabenizar todo mundo! Sei que é um trabalho conjunto entre coordenação, técnicos, bolsistas, professores e estudantes, a universidade também, mas a grande trabalheira fica a cargo da coordenação, do colegiado, dos estudantes – a organização de tudo. Também por outro lado, uma nota dessas é reflexo de um trabalho bem feito, que não adianta pensar que de uma hora para outra vai conseguir fazer uma maquiagem para conseguir um resultado desses. Então, um resultado como esse só foi possível porque a gente sabe que já existia um trabalho contínuo. É felicidade mesmo. Serei sempre UFC e onde estiver levo o nome da UFC comigo. Porque eu tenho muito orgulho de ter feito parte, de ainda ser parte deste curso. Muito obrigado, parabéns novamente a todos e todas e todes, e estamos juntos. Vida longa ao curso!

Flávio Fonseca é egresso da primeira turma do Curso. Professor do Curso de licenciatura em Teatro da UNIFAP e do Mestrado em Artes Cênicas da UFMA.

 

Estive no curso de 2014 a 2018 e aproveitei todas as possibilidades que tinha para oferecer. Fiz matérias ligadas à docência, pesquisa, direção, interpretação, voz, cor, todas as matérias que me levaram a pensar sobre a minha prática teatral, mas também sobre a minha prática artística e corpórea como um todo. E isso reverbera até hoje em como eu lido com minha arte. Atualmente eu sou gestora e curadora de uma plataforma de arte contemporânea aqui do Ceará e me formei também no Mestrado em Artes da UFC. E penso que mesmo não atuando diretamente com o teatro, os ensinamentos do curso atravessam todo o meu percurso enquanto profissional, enquanto pessoa. Foi um curso que me ensinou muito sobre a força da pesquisa, da integração da nossa vida com nossa arte. Um curso que me deu muita plataforma afetiva também, professores que me deram muito suporte. Uma coordenação que me abraçou, que abraçou meus projetos, que esteve junto comigo, me fazendo bolsista com as coisas que a gente inventava em conjunto. Um curso cheio de projetos, como o Palco de Giz, como as Residências, como os Pibids, monitorias, as ações no Tupa. E um curso que guarda a sua integração com a cidade, por meio dos coletivos, por meio de parcerias. Então eu agradeço muito ter feito parte e ainda fazer parte do curso de teatro, agora como preceptora da residência pedagógica pela segunda edição seguida. Um cheiro!

Levi Banida é artista, professora efetiva da rede pública de ensino de Fortaleza e preceptora da residência pedagógica do Curso.

 

Toda equipe do Tupa está comemorando mais essa conquista do Curso de Licenciatura de Teatro da UFC, a nota máxima atribuída pelo MEC, que só comprova ser esse um curso de excelência e do qual temos grande alegria de fazer parte. Aqui no Tupa acontecem disciplinas, ensaios, montagens, cursos de extensão, além de conversas e momentos de partilha entre servidores docentes, alunes e servidores técnicos, o que resulta em aprendizado mútuo e em peças artísticas, as mais bonitas. Só temos a agradecer o empenho de todes, porque uma conquista do curso de Teatro, é uma conquista do Tupa e da UFC como um todo. Parabéns!

Grá Dias integra o quadro de servidores do Curso e atualmente dirige o Teatro Universitário Pachoal Carlos Magno.

 

Eu passei, fui para outras paisagens, mas ainda me sinto parte. Ter sido professor do Curso de Teatro da UFC foi uma experiência incrível para a minha trajetória profissional. A UFC e o curso me viraram morada estética, formativa e curricular e por onde eu passo faço questão de anunciar que um dia fui professor do Curso de Teatro Licenciatura da UFC. Tenho maior respeito pela instituição, pelos professores, pelos técnicos, pelos estudantes e servidores de modo geral, pois sei da competência e disciplina de todos para fazer da UFC, do ICA e do Curso de Teatro, uma referência nacional. Eu só agradeço por ter feito parte. Eu passei, fui, mas ainda me sinto parte.

Abimaelson Santos é diretor, iluminador teatral e curador. Foi docente do Curso entre 2013 e 2016 e atualmente é professor na UFMA.

 

Como arte educadora, participar de um processo de renovação do PPC do curso de teatro foi um sopro de esperança em relação à formação especializada do artista e professor. Como professora universitária e pedagoga, pude sentir a alegria de constatar um movimento coletivo e vivo em prol da formação do(a) artista, professor e pesquisador no âmbito do curso. Agora ao sair o conceito máximo ao curso, 5 – por meio da visita in loco coordenada por dois professores da área, licenciatura em teatro e professores de IES públicas – me sinto no lugar certo por vivenciar toda essa trajetória e cônscia do dever cumprido no Apoio Pedagógico. Parabéns a todes!

Jaqueline Ramos. Arte educadora, responsável pelo setor de apoio pedagógico do ICA.

 

Falar desse processo de avaliação do MEC é falar primeiramente do trabalho que foi feito a muitas mãos – um trabalho coletivo de professores, de estudantes, de servidores e de várias pró-reitorias da universidade – não só do curso de teatro e não só do ICA, porque o curso não está isolado dentro da universidade, ele está interconectado com várias instâncias. Falar desse processo de avaliação é falar de um momento em que a gente parou para retomar tudo que a gente fez ao longo desses anos. Não só dos três anos, mas da nossa existência enquanto curso de modo geral, sistematizar os nossos dados, as nossas ações, a quantidade de projetos, a quantidade de bolsas, a quantidade de público beneficiado com os nossos projetos. Isso tudo foi muito importante para a gente ver inclusive a potência que o curso tem e é. Então nesse sentido a nota 5, ela não é só o resultado de um processo bem feito, de um trabalho bem organizado, de uma documentação que foi bem organizada. Mas, sobretudo, de um trabalho que foi bem realizado. Então a gente acabou olhando para esse processo todo, para esses três anos e para os anos anteriores, e vendo o que a gente fez de melhor. Não só o que a gente fez de melhor, mas também vendo as nossas transformações, as mudanças que o curso passou, a partir do diálogo com os alunos, da escuta dos alunos, da pressão dos alunos por serem atendidos nas suas demandas, nas suas questões urgentes, nas temáticas de pesquisa que lhes interessam, que a gente se mexeu para criar, para englobar nos nossos processos e projetos a fim de envolver e transformar esse curso e esse projeto pedagógico num projeto vivo e flexível também. Eu acho que uma coisa que para mim foi muito importante nesse trabalho coletivo, foi a divisão de tarefas entre professores e as três coordenações que trabalharam juntas: o professor Francis, que foi a coordenação anterior à minha, a professora Tharyn Stazak, que foi a coordenação que pegou toda a pandemia. Também foi a gente olhar para esse triênio que englobou a pandemia, e ver o quanto a gente produziu, trabalhou e se esforçou para acolher os alunos, para fazer coisas legais e ações interessantes. A gente criou canal de podcast, canal de YouTube, a gente fez encruzilhadas para – numa tentativa também de fuga – abrir janelas para sair daquele horror que foi a pandemia, de estarmos todos isolados em casa, então a gente acabou também olhando para esse momento e vendo o tanto de ações bonitas que a gente produziu, inclusive de acolhimento dos alunos, de telefonar para os alunos e fazer sondagem, para a gente se manter vivos e manter o curso vivo mesmo durante a pandemia. Foi importante também o quanto os estudantes se envolveram no processo avaliativo, desde os bolsistas, as bolsistas da coordenação, bolsistas dos professores de um modo geral, alunos que tinham suas habilidades e que vinham, estudantes que vinham ajudar, fazer design, fazer layout, ajudar a colaborar com esse processo, a mobilização dos estudantes para a reunião que a gente fez, para explicar o que era avaliação, como era avaliação. A própria participação dos estudantes na reunião com a Comissão de Avaliação – muito bonita e com muitos estudantes – e o olhar deles para o curso também muito generoso e verdadeiro o olhar. Foi um momento não só que a gente olhou para o curso, mas que os estudantes devolveram para a gente o olhar que eles têm sobre o curso. Isso foi muito rico e gratificante!

Juliana Carvalho é a atual coordenadora e professora do Curso desde 2017.

 

No que diz respeito ao curso, como foi criado desde o início e o que é agora, o que me chama mais atenção, é que naquele momento em que nós estávamos criando um projeto político pedagógico, nós tínhamos em mente um determinado perfil do aluno que nós queríamos formar e pensando inclusive em termos do primeiro curso de Teatro constituído na UFC –  e nós sabíamos que apesar do curso do IFCE, nós estávamos criando o segundo curso, mas que ainda assim havia uma demanda reprimida de muitas pessoas que gostariam de fazer como formação o curso de teatro. Então, nós direcionamos muito para a licenciatura, mas mesmo esse projeto, que era de licenciatura, guardava ainda muitos elementos de um bacharelado. Tanto é que na primeira turma, mais especificamente, nós tivemos muitas pessoas que já eram atores na cidade e que foram fazer esse curso. Ele tinha um perfil forte de bacharelado, mas havia ali uma insistência de formar professores de teatro. Então, quando vieram os novos docentes concursados, o que eu achei muito bom, porque vieram pessoas de diversos lugares do país e também com formações diferentes, eles já no início do curso implementaram mudanças nesse primeiro projeto pedagógico. E mesmo o curso sendo tão jovem, com pouco mais de 10 anos de vida, nós temos já várias modificações dentro do projeto pedagógico. Então, esses professores que formam hoje, que inclusive são muito bem formados, eles têm um compromisso, têm um perfil que permite estar o tempo todo fazendo essa avaliação do curso e implementando essas mudanças. Tudo isso eu vejo com muito bons olhos. Então, diferente, por exemplo, de achar que o projeto original não poderia ser modificado etc., o que é mais interessante é que nós temos a possibilidade de estar modificando o curso continuamente em função de que profissional se quer formar. Então, eu acompanho uma mudança também de perfil dos alunos. Se as primeiras turmas nós tínhamos talvez um perfil mais de bacharelado, de pessoas que estavam mais interessadas em fazer-se ator, nós temos já uma grande procura de pessoas que entram no curso que querem, para além da sua função de ator, ter uma formação de professor. E isso eu acho que vem mudando ao longo do curso a partir dos projetos que os professores têm realizado, como pibid/RP e de extensão. Assim, essas questões entre a formação do ator e a formação do professor de teatro estão mais equilibradas no projeto pedagógico e na sua execução, o que é um ganho muito grande para o curso. O curso está bonito, não é à toa que nós obtivemos essa nota 5, tem a ver muito com o trabalho que os professores têm feito e com essa diversidade de formação dos professores, que auxilia bastante na nota nessa perspectiva quase multidisciplinar dentro da própria unidade. Isso é muito bacana!

Orlando Luiz Araújo, professor do curso de Letras e do PPG-Letras da UFC, colaborador do Curso no setor de História do Teatro.

 

Que nossa conquista reverbere dentro e fora da UFC e que se desdobre em muitas melhorias!

 

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